Gosto do gosto de gostar. Gosto de sentir na alma, dentro do
peito. Gosto da sensação da dúvida se é recíproco, se de lá virá o sinal, a
resposta, o fim dos questionamentos infinitos. Gosto de, por pensamento, a nuca arrepiar, a borboleta dar
sinal no estômago. Os sinais da alma de que, sim, pode ser recíproco.
Sensações
são “sentidas” por atos, "sinais" que o outro ser produz em nós, o poder que
paira sobre nós. Já pensou a responsabilidade de despertar algo em alguém? Para mim, isso é poder. É poder sentir algo,
sentir o peito acelerar, como diria o Sam Smith, o sangue pulsar
com mais calor e rapidez nas veias. Poder é despertar um sorriso do lado de lá
e digo mais: despertar um pensamento que mesmo que seja rápido, como por
exemplo “como será que ele(a) está?”. Ah, se isso despertar lá, bingo! Você
mexeu, despertou a curiosidade, acendeu a luz de alerta, o alerta do bem.
Quem
não quer que a luz acenda, atire o primeiro fio, ligue-o na tomada e a deixe
brilhar hoje, agora, já. Eu quero que a luz acenda, que o despertador toque,
quero sentir a veia pulsar mais rápido. Quero poder querer ter o poder da
situação, para poder expressar melhor o que a borboleta daqui de dentro quer
falar. Gosto do gosto de gostar e de pensar o que esse meu gostar vai
despertar.
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